questionamentos / respostas de Jesus [ livro de Marcos]

 1. Jesus é questionado sobre o poder de perdoar pecados (Marcos 2:6-12)

( por mestres da lei)

Citação:

“Estavam sentados ali alguns mestres da lei, raciocinando em seu íntimo: ‘Por que esse homem fala assim? Está blasfemando! Quem pode perdoar pecados, a não ser somente Deus?’ Jesus percebeu logo em seu espírito que era isso que eles estavam pensando e lhes disse: ‘Por que vocês estão remoendo essas coisas em seu coração? Que é mais fácil dizer ao paralítico: Os seus pecados estão perdoados, ou: Levante-se, pegue a sua maca e ande? Mas para que vocês saibam que o Filho do Homem tem na terra autoridade para perdoar pecados’ - disse ao paralítico - ‘eu lhe digo: Levante-se, pegue a sua maca e vá para casa.’” (Marcos 2:6-11)

Nota de Análise: 
Os mestres da lei questionam a autoridade de Jesus para perdoar pecados, considerando isso uma blasfêmia. Jesus responde não apenas com palavras, mas realizando um milagre ao curar o paralítico, demonstrando assim que ele possui autoridade divina tanto para curar quanto para perdoar pecados.

2. Jesus é questionado sobre o jejum (Marcos 2:18-20)

Citação:

“Os discípulos de João e os fariseus estavam jejuando. Alguns perguntaram a Jesus: ‘Como é que os discípulos de João e os dos fariseus jejuam, mas os teus não?’ Jesus respondeu: ‘Como podem os convidados do noivo jejuar enquanto este está com eles? Não podem, enquanto o têm consigo. Mas virão dias quando o noivo lhes será tirado; e nesse tempo jejuarão.’” (Marcos 2:18-20)

Nota de Análise: (Feita pelos discípulos de João e fariseus)
Os questionadores observam uma prática religiosa comum (o jejum) e querem entender por que os discípulos de Jesus não a seguem. Jesus usa a metáfora do "noivo" para indicar que sua presença é motivo de celebração, não de jejum. A analogia aponta para um tempo de festa, sugerindo que o jejum será apropriado quando o noivo (Jesus) não estiver mais presente, referindo-se à sua futura ausência após a crucificação.

3. Jesus é questionado sobre o sábado (Marcos 2:23-28)

Citação:

“Certo sábado, Jesus estava passando pelas lavouras de cereal. Enquanto caminhavam, seus discípulos começaram a colher espigas. Os fariseus lhe disseram: ‘Olha, por que eles estão fazendo o que não é permitido no sábado?’ Ele respondeu: ‘Vocês nunca leram o que fez Davi, quando ele e seus companheiros estavam necessitados e com fome? Nos dias do sumo sacerdote Abiatar, ele entrou na casa de Deus e comeu os pães da Presença, que apenas aos sacerdotes é permitido comer. E ainda deu aos seus companheiros.’ E acrescentou: ‘O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. Assim, pois, o Filho do Homem é Senhor até mesmo do sábado.’” (Marcos 2:23-28)

Nota de Análise: (Feita pelos fariseus)
Os fariseus tentam desafiar Jesus sobre a observância rigorosa do sábado. Jesus responde com uma referência ao Antigo Testamento, mostrando que a necessidade humana pode prevalecer sobre a letra da lei. Ele reafirma a prioridade do bem-estar humano sobre as tradições religiosas, e ao se declarar “Senhor do sábado”, Jesus afirma sua autoridade divina.

4. Jesus é questionado sobre por que ele come com pecadores (Marcos 2:16-17)

Citação:

“Quando os mestres da lei, que eram fariseus, o viram comendo com os publicanos e ‘pecadores’, perguntaram aos discípulos dele: ‘Por que ele come com publicanos e "pecadores"?’ Ouvindo isso, Jesus lhes disse: ‘Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim para chamar justos, mas pecadores.’” (Marcos 2:16-17)

Nota de Análise: (Feita pelos fariseus)
Os fariseus questionam a escolha de Jesus de se associar com publicanos e pecadores. Jesus responde com uma metáfora médica, enfatizando que ele veio para aqueles que reconhecem sua necessidade de redenção. Sua resposta demonstra que sua missão é buscar e salvar os que estão perdidos, não os que se consideram justos.

5. Jesus é questionado sobre sua autoridade (Marcos 11:27-33)

Citação:

“Eles chegaram novamente a Jerusalém. E, enquanto Jesus andava pelo templo, os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes religiosos vieram a ele e perguntaram: ‘Com que autoridade estás fazendo estas coisas? E quem te deu autoridade para fazê-las?’ Jesus respondeu: ‘Eu também farei uma pergunta a vocês. Respondam-me, e eu lhes direi com que autoridade estou fazendo estas coisas. O batismo de João era do céu ou dos homens? Respondam-me!’” (Marcos 11:27-30)

Nota de Análise: (Feita pelos chefes dos sacerdotes, mestres da lei e anciãos)
Os líderes religiosos desafiam a autoridade de Jesus, especialmente após ele ter expulsado os cambistas do templo. Jesus responde com uma contra-pergunta sobre o batismo de João Batista, colocando-os em uma posição difícil. Qualquer resposta revelaria sua própria hipocrisia ou medo das multidões. Ele usa essa estratégia para expor a falta de sinceridade deles e para evitar ser capturado em uma armadilha lógica.


6. Por que os seus discípulos não vivem de acordo com a tradição dos anciãos, ao invés de comerem o pão com as mãos impuras? (Marcos 7:5)

(Fariseus e mestres da lei)

Resposta de Jesus:

"Bem profetizou Isaías acerca de vocês, hipócritas; como está escrito: 'Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me adoram; seus ensinamentos não passam de regras ensinadas por homens'" (Marcos 7:6-7).

Análise:
Jesus critica a hipocrisia dos fariseus, apontando que eles priorizam tradições humanas em detrimento dos mandamentos divinos. Ele desafia a autenticidade de sua adoração e revela que o verdadeiro problema é o coração, não rituais externos.

7. Você não se importa que morramos? (Marcos 4:38)

(Discípulos de Jesus)

Resposta de Jesus:

"Então se levantou, repreendeu o vento e disse ao mar: 'Aquieta-se! Acalme-se!' O vento se aquietou, e fez-se completa bonança" (Marcos 4:39).

Análise:
Diante de uma tempestade, os discípulos questionam a preocupação de Jesus com sua segurança. Jesus responde demonstrando seu poder sobre a natureza, revelando sua autoridade divina e acalmando os medos dos discípulos.

8. Por que este desperdício de perfume? (Marcos 14:4)

(Alguns dos presentes, possivelmente os discípulos)

Resposta de Jesus:

"Deixem-na em paz; por que a estão perturbando? Ela praticou uma boa ação para comigo. Pois os pobres vocês sempre terão com vocês e poderão ajudá-los sempre que o desejarem, mas a mim vocês nem sempre terão" (Marcos 14:6-7).

Análise:
A resposta de Jesus defende o ato da mulher que ungiu seus pés com perfume caro, valorizando seu gesto como uma preparação para sua sepultura. Ele ensina que certos atos de devoção transcendem as preocupações materiais.

9. É certo pagar imposto a César ou não? Devemos pagar ou não? (Marcos 12:14-15)

(Fariseus e herodianos)

Resposta de Jesus:

"Tragam-me um denário para que eu o veja. Eles lhe trouxeram a moeda, e ele lhes perguntou: 'De quem é esta imagem e esta inscrição?' 'De César', responderam eles. Então Jesus lhes disse: 'Deem a César o que é de César e a Deus o que é de Deus'" (Marcos 12:15-17).

Análise:
Os líderes tentam colocar Jesus em uma armadilha, forçando-o a escolher entre a lealdade ao governo romano ou a Deus. Jesus evita a armadilha com uma resposta que separa as responsabilidades cívicas das espirituais, mostrando a necessidade de dar a devida honra a ambos.

10. O que quer que eu te faça? (Marcos 10:51)

(Jesus a Bartimeu, o cego)

Resposta de Jesus:

"O cego respondeu: 'Mestre, eu quero ver!' 'Vá', disse Jesus, 'a sua fé o curou'. Imediatamente ele recuperou a visão e seguiu Jesus pelo caminho" (Marcos 10:51-52).

Análise:
Jesus pergunta ao cego Bartimeu o que ele deseja, dando-lhe a oportunidade de expressar sua fé. A resposta de Jesus, "a sua fé o curou", destaca o poder da fé na cura e transformação.

11. Como um homem pode nascer sendo velho? (João 3:4)

(Nicodemos, um fariseu)

Resposta de Jesus:

"Digo a verdade: Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo" (João 3:3).

Análise:
Aqui, Jesus explica que o "nascer de novo" não é físico, mas espiritual, indicando a necessidade de uma transformação interior para entrar no Reino de Deus.

12. Por que esta geração pede um sinal milagroso? (Marcos 8:12)

(Jesus à multidão)

Resposta de Jesus:

"Ele suspirou profundamente e disse: 'Por que esta geração pede um sinal milagroso? Eu lhes afirmo que nenhum sinal lhes será dado'" (Marcos 8:12).

Análise:
Jesus lamenta a insistência das pessoas em buscar sinais, revelando a incredulidade delas. Ele destaca que a fé não deve depender de sinais, mas de confiança na palavra de Deus.

13. De onde conseguiu ele estas coisas? (Marcos 6:2)

(Os habitantes de Nazaré)

Resposta de Jesus:

"Jesus lhes disse: 'Somente em sua própria terra, entre seus parentes e em sua própria casa, é que um profeta não tem honra'" (Marcos 6:4).

Análise:
Os habitantes de Nazaré questionam a sabedoria e autoridade de Jesus. Jesus responde reconhecendo que profetas geralmente não são respeitados em suas próprias terras, refletindo a rejeição que ele enfrentava.

14. De que forma será isto? (Marcos 13:4)

(Pedro, Tiago, João e André)

Resposta de Jesus:

"Jesus lhes disse: 'Cuidado, que ninguém os engane. Muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu! E enganarão a muitos'" (Marcos 13:5-6).

Análise:
Os discípulos perguntam sobre os sinais do fim dos tempos. Jesus os alerta sobre falsos profetas e a importância de discernir a verdade para evitar ser enganado.

15. Que mandamento é o mais importante de todos? (Marcos 12:28)

(Um dos mestres da lei)

Resposta de Jesus:

"'O mais importante', respondeu Jesus, 'é este: Ouça, ó Israel, o Senhor, o nosso Deus, o Senhor é o único Senhor. Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todo o seu entendimento e de todas as suas forças'. O segundo é este: 'Ame o seu próximo como a si mesmo'. Não existe mandamento maior do que estes" (Marcos 12:29-31).

Análise:
Jesus sintetiza a lei em dois mandamentos centrais, amor a Deus e amor ao próximo, mostrando que toda a lei e os profetas dependem desses princípios.

16. Por que somos incapazes de expulsá-lo? (Marcos 9:28)

(Os discípulos, sobre um espírito maligno)

Resposta de Jesus:

"Ele respondeu: 'Essa espécie só sai pela oração e pelo jejum'" (Marcos 9:29).

Análise:
Os discípulos falham em expulsar um demônio e perguntam o porquê. Jesus destaca a necessidade de oração e jejum para lidar com certos tipos de poder espiritual, enfatizando a importância da preparação espiritual.

17. Com que autoridade fazes estas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso? (Marcos 11:28)

(Os chefes dos sacerdotes, mestres da lei e anciãos)

Resposta de Jesus:

"Eu também farei uma pergunta a vocês. Respondam-me, e eu lhes direi com que autoridade estou fazendo estas coisas. O batismo de João era do céu ou dos homens? Respondam-me!" (Marcos 11:29-30).

Análise:
Os líderes religiosos desafiam a autoridade de Jesus após ele purificar o templo. Ele responde com uma contra-pergunta sobre João Batista, desafiando-os a refletirem sobre a origem da autoridade espiritual.

18. Não é este o carpinteiro? (Marcos 6:3)

(Os habitantes de Nazaré)

Resposta de Jesus:

"Mas Jesus lhes disse: 'Somente em sua própria terra, entre seus parentes e em sua própria casa, é que um profeta não tem honra'" (Marcos 6:4).

Análise:
A familiaridade dos habitantes de Nazaré com Jesus como carpinteiro os impede de reconhecer sua autoridade profética. Jesus lamenta a falta de reconhecimento e fé entre aqueles que o conheciam bem.

19. E quem é o meu próximo? (Lucas 10:29)

(Um perito na lei)

Resposta de Jesus:

"Respondeu Jesus: 'Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando caiu nas mãos de assaltantes...'" (Lucas 10:30).

Análise:
A pergunta é respondida com a parábola do Bom Samaritano, que ensina que o próximo é qualquer pessoa em necessidade, independentemente de sua origem ou identidade.

20. Podemos nos assentar um à tua direita e o outro à tua esquerda, na tua glória? (Marcos 10:37)

(Tiago e João)

Resposta de Jesus:

"Vocês não sabem o que estão pedindo. Podem vocês beber o cálice que eu estou bebendo ou ser batizados com o batismo com que eu estou sendo batizado?" (Marcos 10:38).

Análise:
Os discípulos pedem posições de honra no reino de Jesus, mas ele os desafia a considerar o custo de seguir seu caminho de sofrimento. Jesus redefine grandeza como serviço sacrificial.

21. O que queres que façamos? (Marcos 10:36)

(Jesus a Tiago e João)

Resposta de Jesus:

"Eles responderam: 'Permite que, na tua glória, nos assentemos um à tua direita e o outro à tua esquerda'" (Marcos 10:37).

Análise:
Os discípulos buscam posição e honra, mas Jesus os desafia a entender o verdadeiro significado de liderança e serviço no Reino de Deus.

22. Qual sinal tu nos mostras para fazeres isso? (João 2:18)

(Os judeus)

Resposta de Jesus:

"Jesus respondeu-lhes: 'Destruam este templo, e eu o levantarei em três dias'" (João 2:19).

Análise:
Quando os judeus pedem um sinal, Jesus fala enigmaticamente sobre sua morte e ressurreição, apontando para o maior sinal de sua autoridade divina.

23. Você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito? (Marcos 14:61)

(O sumo sacerdote)

Resposta de Jesus:

"'Eu sou', disse Jesus. 'E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso e vindo com as nuvens do céu'" (Marcos 14:62).

Análise:
Durante seu julgamento, Jesus afirma sua identidade messiânica e divina, citando Daniel 7:13, o que leva à sua condenação por blasfêmia, segundo os líderes religiosos.

24. Quem você quer que eu solte: o rei dos judeus? (Marcos 15:9)

(Pilatos à multidão)

Resposta de Jesus:

"Mas os chefes dos sacerdotes incitaram a multidão a pedir que soltasse Barrabás, em vez disso" (Marcos 15:11).

Análise:
Pilatos tenta livrar Jesus sugerindo soltá-lo, mas a multidão, influenciada pelos líderes religiosos, escolhe libertar um criminoso, mostrando a rejeição de Jesus por parte de seu próprio povo.

25. És tu o rei dos judeus? (Marcos 15:2)

(Pilatos a Jesus)

Resposta de Jesus:

"'Tu o dizes', respondeu Jesus" (Marcos 15:2).

Análise:
Pilatos pergunta a Jesus sobre sua identidade como rei. Jesus responde afirmativamente, mas de forma ambígua, reconhecendo o título, mas também deixando que Pilatos interprete o que isso significa.

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