A Persistência na Oração (Mateus 7:8-12)
Introdução
O trecho de Mateus 7:8-12, parte do famoso Sermão da Montanha, é intitulado "A Persistência na Oração" na Bíblia NVI. Este texto enfatiza a importância de perseverar na oração e a confiança na bondade de Deus ao atender nossas necessidades. Além disso, Jesus apresenta a "Regra de Ouro", um princípio ético que resume a essência dos ensinamentos da Lei e dos Profetas. Vamos explorar como esses versículos são relevantes para a nossa vida hoje, trazendo uma compreensão mais profunda sobre o papel da oração e a prática do amor ao próximo.
A Persistência na Oração
8 Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta.
9 Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra?
10 Ou se pedir peixe, lhe dará uma cobra?
11 Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem!
12 Assim, em tudo, façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam; pois esta é a Lei e os Profetas.
Análise do trecho dos Versículos 8 a 11
Jesus nos ensina que a oração deve ser caracterizada por perseverança e confiança. Ele afirma que todo aquele que pede, busca e bate receberá uma resposta. Isso não significa que Deus atenderá todos os pedidos exatamente como desejamos, mas que Ele sempre responderá de maneira que atenda ao nosso bem maior.
A comparação com a relação entre pais e filhos é poderosa. Se nós, mesmo com nossas imperfeições, somos capazes de dar boas dádivas aos nossos filhos, quanto mais Deus, que é perfeito em amor, nos dará aquilo que é bom. Esta passagem nos convida a confiar na bondade de Deus, sabendo que Ele nos conhece profundamente e sabe o que realmente precisamos.
A Regra de Ouro (Versículo 12)
Jesus conclui este trecho com a famosa "Regra de Ouro": "Façam aos outros o que vocês querem que eles lhes façam". Este princípio ético é a base para todas as interações humanas, chamando-nos a tratar os outros com a mesma dignidade, respeito e amor que gostaríamos de receber. Esta regra resume os ensinamentos da Lei e dos Profetas, destacando o amor ao próximo como o cumprimento da vontade de Deus.
Contemporaneidade e Aplicação Prática
No mundo moderno, onde o individualismo e a busca por interesses próprios muitas vezes prevalecem, a "Regra de Ouro" desafia-nos a adotar uma postura contracultural de empatia e serviço. Além disso, a persistência na oração é um lembrete de que devemos manter nossa confiança em Deus, mesmo quando as respostas não são imediatas ou evidentes.
Viver esses princípios em nossa vida diária nos aproxima de Deus e reflete Seu amor ao mundo ao nosso redor. Orar com persistência e tratar os outros como gostaríamos de ser tratados são práticas que transformam não apenas nossas vidas, mas também a comunidade em que vivemos.
Senhor Deus,
Eu venho a Ti com confiança, sabendo que ouves minhas orações. Ajuda-me a ser persistente em minha busca por Tua vontade e a confiar que Tu sempre sabes o que é melhor para mim. Ensina-me a esperar em Ti com paciência, mesmo quando as respostas parecem demorar.
Que eu possa, em todas as minhas ações, tratar os outros com amor, da mesma forma que desejo ser tratado. Que a Tua bondade e misericórdia sejam refletidas em minha vida, e que eu seja um canal de Tua paz e graça.
Em nome de Jesus,
Amém.
Música Baseada no Estudo
Título: "Pede, Busca e Bate"
Verso 1:
Pede, busca e bate,
Confia no Senhor,
Ele sempre ouve,
E atende com amor.
Refrão:
Pai Celestial, Teu cuidado é sem fim,
Se nós que somos maus damos pão ao filho,
Quanto mais, ó Deus, nos darás o que é bom,
Nosso Pai, fonte de amor.
Verso 2:
Regra de Ouro, nos guia a viver,
Amar ao próximo, e nunca esquecer,
De fazer aos outros o que é certo e bom,
Refletindo o Teu amor.
Refrão:
Pai Celestial, Teu cuidado é sem fim,
Se nós que somos maus damos pão ao filho,
Quanto mais, ó Deus, nos darás o que é bom,
Nosso Pai, fonte de amor.
Ponte:
Na oração, persisto a clamar,
Tua vontade, Senhor, vem realizar.
E ao Teu povo, ensina a amar,
Seguindo a Tua luz.
Refrão:
Pai Celestial, Teu cuidado é sem fim,
Se nós que somos maus damos pão ao filho,
Quanto mais, ó Deus, nos darás o que é bom,
Nosso Pai, fonte de amor.
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Comentários
Relacionamento com Prosperidade
1. Promessa de Provisão e Cuidado Divino:
Nos versículos 8-11, Jesus promete que aqueles que pedem, buscam e batem, receberão, encontrarão e terão portas abertas. Isso pode ser visto como uma garantia de que Deus providenciará o que precisamos, o que pode incluir prosperidade material, mas não é restrito a isso. O foco está mais na confiança de que Deus cuida de Seus filhos e lhes dá o que é bom.
2. Distinção da Teologia da Prosperidade:
É importante entender que essa passagem não é uma promessa de riqueza material para todos os que pedirem. A "teologia da prosperidade" muitas vezes distorce esses versículos ao sugerir que a fé em Deus garante riqueza e sucesso financeiro. No contexto do Sermão da Montanha, Jesus está ensinando sobre a confiança em Deus e a dependência de Sua vontade, que pode ou não incluir prosperidade material. O que Deus considera "boas coisas" pode incluir bênçãos espirituais, sabedoria, paz e contentamento, além de necessidades materiais.
3. Prosperidade Espiritual:
A verdadeira prosperidade na visão bíblica é multifacetada e inclui saúde espiritual, paz interior, relacionamentos saudáveis e a provisão das necessidades diárias. A "Regra de Ouro" no versículo 12 é um chamado à prática do amor ao próximo, o que também pode ser visto como um tipo de prosperidade – um enriquecimento das relações e da vida comunitária.
Conclusão
Embora Mateus 7:8-12 possa ser interpretado como uma promessa de que Deus cuida de nós e providencia o que necessitamos, é essencial entender que essa provisão não se limita à prosperidade material. O ensinamento de Jesus é mais profundo, abordando a confiança em Deus e o comportamento ético em relação aos outros.
A aplicação mais saudável desses versículos é confiar que Deus, em Sua bondade e sabedoria, dará o que é bom para nós, o que pode incluir ou não prosperidade material, mas certamente inclui uma vida espiritual rica e abençoada.